... e eu que gostava tanto de levar com o vento nas trombas!
Este grito de liberdade só podia ter vindo da Galícia
Bem Hajam!
Los gallegos são meus irmãos ibéricos. É um daqueles sentimentos de bem estar que... sinto, mas... não sei bem porquê. Quando chego a um sítio e sinto-me em casa, então temos qualquer coisa que nos une. Há dias eu escrevia: Sou Ibérico de Alma, sou Lusitano de Tribo e sou Português de Língua.
Agradecia ao galego Xoan Vásquez Mao, Secretario General del Eixo Atlántico o que eles estão a fazer pelo ensino do Português na Xunta de Galícia. Isto é ser irmão de alma.
Pela mobilidade de transportes acessíveis entre o Porto, A Coruña, Santander e Bilbao. Cedemos uma curva que nos leva a ver uma paisagem magnífica desde o Porto até ao País Basco. O Norte da Ibéria é o nosso Norte.
Além do mais para que é que Lisboa quer mais mobilidade. Só pode virar-se para o mar, que foi onde sempre imperou. Mas não, para se sentirem importantes eles estão a... empecilhar. O Porto está mais ao Norte para nos unir aos Pirenéus. Se calhar os estudos que se fizeram, os planos, as negociatas com terrenos aqui e ali, consoante os interesses (e se fosse só isso!), se calhar, tínhamos modernizado, e bem, este eixo.
O que me pergunto é se vale a pena o investimento para os hipersupercomboios que eles idealizaram, para "ganhar" quinze ou trinta minutos em viagens mais ou menos longas? Deixámos de poder abrir as janelas nos comboios, e eu que gostava tanto de levar com o vento nas trombas!, para "ganhar" quinze minutos, bem valorizados naquele investimento. Agora, o que interessa já não é o serviço público, que se foda o PoVo, é mesmo a puta da economia. Pagamos as obras e obrigam-nos a pagar fortunas, que eles esbanjam, nos bilhetes para... usufruirmos o bem que ali temos. E o bem que ali temos enferruja por falta de uso. E se algum viajante na Guarda quer ir à Covilhã, pode sempre utilizar o percurso da linha férrea, mas a pé. Ou se calhar nem isso, porque eles o proibirão.
Não fizemos nem uma coisa nem outra. Não projectámos nada e como tal, não se fez o projectado. Conseguiram arranjar uma boa desculpa... a economia. A ganância do poder na capital trouxe-nos aqui. Que fique claro que aMo LiSBoa! Mas é a máquina que eles inventaram e que instalaram pela cidade, que, para que os intervenientes se sintam "poderosos", obrigam, escravizam, torturam, massacram com o... iminente perigo que é isto ou aquilo, e que nem eles sabem, do que nos tentam convencer. Como que precisemos de intermediários para ViVer. E "eles" continuam a querer apresentar ao PoVo "obra feita", continuam a fazer grandes projectos que ficam para a História, mas, não o dizendo, penduram aquilo nas contas a pagar pelos netos. E ainda por cima, nós... vamos pagando os juros, para "ir sustentando" a máquina, e quando a obra já não valer cinco tostões, os nossos netos, talvez já os trisnetos, vão encontrar um... buraco! Pelo menos vão lembrar-se de nós.
Há gente a chamar-nos à razão, mas nós não queremos ver.
Photo de PauloJ em Ovronnaz.ch
aTé lOgO!
Sou meio galega, Paulo Jorge!
ResponderEliminarMeu avô materno era galego de Vigo!