Estava a enfurecer-me...
... e para não passar dos meus limites, peguei numas framboesas e nuns mirtilhos que tinha no frigorífico e deitei-os no almofariz de madeira. Peguei o pilão, de madeira, e... triturei-os, esmaguei-os, sovei-os e reduzi-os a um suco de frutos vermelhos.
Ainda estava embravecido e peguei numas pedras de gelo, envolvi-as num pano, cerrei bem todas as saídas e bati, com aquela bola de pedras de gelo enroladas num pano, cinco vezes, em cima da tábua, de madeira, que eu uso na cozinha.
Deitei o que sobrou no misturador manual. Ao gelo, picado à paulada, juntei o que restava dos frutos vermelhos, neste caso o melhor deles. Aquilo já me estava a... moer um pouco, então decidi adoçar a coisa e juntei-lhe dois gestos de açúcar de cana líquido.
Já estava menos tenso! Mas aquilo precisava de qualquer coisa mais... ilegal, talvez álcool, pensei eu. Mas tinha que ser do meu país. Porque não o Porto branco seco que está fresquinho? Vai daí, adicionei cinco tragos de Porto branco seco no misturador e fechei-o. Peguei no misturador. Indicador direito contra a tampa e os outros dedos seguram-no, bem, para as dez violentas agitadelas que se seguem.
Não me apeteceu embelezar o copo, mas escolhi o que me apeteceu, e deitei-lhe para dentro aquele líquido, de um vermelho que me... agitou!
Faltavam apenas as doze gotas de limão que iriam ser bebidas nos doze sorvos daquela bebida.
Por falar em frutos vermelhos... soube-me que nem ginjas!
até logo!
Comentários
Enviar um comentário